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ouro fino: a trilha da olaria - Página 2 PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 29 de Agosto de 2011 21:37
Índice do Artigo
ouro fino: a trilha da olaria
Página 2
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Sempre pelo alto, um tempo começamos a bordejar o morro pela esquerda e a ouvir o som de agua correndo no fundo do vale
ao lado. Em tempo, é bom carregar agua aqui pq agua no alto não tem. Além do cantil e de um anorake, minha mochila de
ataque tava quase vazia pois a maça q levara aquela altura já repousava devidamente no meu bucho.
E assim damos continuidade à descida de serra, alternando trechos acentuados com outros mais suaves, ora pela encosta
ora por cristas descendentes. Mas chega uma hora em q a picada estreita se alarga e nalguns trechos se transforma em
verdadeiros atoleiros, dos quais logicamente desvio. As 9:30 passo por uma porteira á minha direita mas a picada toma
rumo pela esquerda em seu ultimo trecho pirambeiro pra desembocar no aberto bem mais abaixo, já quase no final da
crista. Daqui se tem uma bela vista do vale á nossa esquerda, mas as brumas realmene estavam afim de me privar de td e
qq vislumbre serrano naquela manhã.
Enfim, as 10hrs e após topar novamente com a adutora emergindo das entranhas da morraria, a picada me larga outra vez na
“Estrada da Adutora”, já no seu Km 62, q aqui parece ter o nome tanto de “Estrada da Servidão” como “Estrada de Ouro
Fino”. Essa é mais outra característica daqui: existem sempre dois nomes oficiais mas o popular é o q predomina. Dali
pro asfalto foi num piscar de olhos, mais precisamente a desolada “Estrada do Pavoeiro”. Antes, porém, uma visita numa
simpatica cachoeirinha bem do lado da via.
Ali, sem movimento algum, me informei de como sair dali com um tiozinho meio cowboy q passava montado a cavalo. Me disse
q dali não tinha saída nem pra Ouro Fino ou Ribeirão Pires pois dali começavam as chácaras mais “chiques”, e portanto
fechadas. Resumindo, teria de retornar pelo mesmo caminho, isto é, a “Estrada da Adutora” (ou “Servidão”  e “Ouro
Fino”). Paciencia. Q seja então, né? Portanto fica a sugestão de já ter resgate engatilhado, ir de carro ou melhor,
fazer esse trajeto td de moto ou bike, embora acredite q nalguns trechos a magrela deva ser carregada no ombro.
Respirei fundo e retomei o caminho já meio q duvidando se estaria em casa no horário do almoço, pois teria pela frente
quase 10km de chão numa estrada onde não vi circular ninguém. Não pelo menos àquela altura. Como tava bem leve na
mochila, cogitei até a possibilidade de ir correndo pra avançar mais rápido, mas não deu menos de 10min de caminhada q
um bendito motoqueiro caiu do céu e não pensei duas vezes em esticar o polegar, quase q em tom de súplica. Uffaaa! E lá
embarquei na garupa trepidante, numa viajem de puro sacolejo q salvou meu dia e da necessidade de inventar uma desculpa
pelo atraso. O cara me disse q aquela região recebe publico gde em época de temporada e fica vazia nas demais, q era o
caso. As poucas pessoas q moram ali utilizam Ouro Fino apenas como “bairro dormitório”.
O cara me deixou em Ouro Fino as 11hrs, num dos charmosos ptos de ônibus dali, e na sequencia comecei a via-sacra da
volta á Sampa. O cidade já pulsava com mto mais vida q no inicio do dia, mesmo com uma fina garoa ainda fustigando o
rosto naquele domingo acizentado e lúgubre. Antes de embarcar no trem garanti num mercado uma lata de breja apenas pra
molhar a goela pelo resto da viagem. Um pequeno aperitivo pra atiçar ainda mais a larica. Afinal, a fome de mato havia
sido satisfeita mas não a principal, aquela sob forma do farto almoço q me aguardava na cia do meu velho. E sem atraso
algum, diga-se de passagem.
É bem verdade q a “Trilha da Olaria” é um programa fácil, sem gdes desafios ou maiores atrativos realizado em meio a uma
região basicamente rural e nada selvagem, como é de costume. Mas td andarilho q se preze sabe mto bem q qdo a vontade
por mato fala mais alto e o tempo disponível é escasso, aí decerto qq programa diverte prum domingão não passar em
branco. Inclusive pernadas nos cafundós dos arrededores do subdistrito de Ribeirão Pires.

Jorge Soto
http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html
http://jorgebeer.multiply.com/photos

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