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Escalada da Pedra da Agulha, Pancas/ES: o maior monolito em forma de agulha no Brasil PDF Imprimir E-mail
Escrito por Claudia Faria   
Seg, 22 de Agosto de 2011 13:03
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Escalada da Pedra da Agulha, Pancas/ES: o maior monolito em forma de agulha no Brasil
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croqui pedra da agulha

Histórico - Escalada pela primeira vez em 1959, se tornou a maior escalada do Brasil por décadas. É considerada a maior e mais difícil chaminé do Brasil até os dias de hoje. Sua primeira repetição foi em 1969, 10 anos depois.

Muitas tentativas foram feitas, mas somente alguns tiveram êxito.

Considerada um mito para os escaladores antigos, hoje é uma rota que impõe respeito, pois o conjunto da chaminé exige todos os tipos de técnicas deste estilo. Está graduada em 5º grau livre, mas poderia ser mais se um número maior de escaladores tivesse concluído a rota.

A NOSSA BUSCA POR AVENTURA

Pancas está no Cinturão dos Pontões Capixabas. Uma região farta em fazendas de café e, por todas elas, brotam paredes de granito com mais de 500m de escalada virgem.

Os vales são caracterizados pela presença de cachoeiras, rios, árvores nativas e da comunidade local, descendentes de Pomeranos, que se destaca pela hospitalidade com a qual os aventureiros são acolhidos com muito carinho e entusiasmo desde a época da primeira escalada na região. Um exemplo disto é a família Romaz, que até hoje vive do cultivo do café e continua recebendo os escaladores em sua fazenda.

A escolha da face oposta à chaminé Brasília, aresta norte da Pedra da Agulha, foi feita por causa de uma conversa com o primeiro escalador desta pedra, Giusepe Pellegrini, dentro do bondinho do Pão de Açúcar, onde afirmou a Gustavo que se ele abrisse uma via ali, seria uma das escaladas mais lindas do Brasil. Inclusive, Pellegrini já havia visitado esta parte da montanha em 1959 e batido um grampo para garantir que nenhum outro clube naquela época tentasse subir a Agulha, que era chamada de Dedo de Deus do Espírito Santos.

1bvPRIMEIRO DIA: EXPECTATIVA

Claudia: "Viajei 500 km de São Paulo para o Rio de Janeiro para encontrar Gustavo na Cidade Maravilhosa com sua Toyota Hilux abarrotada de equipamentos. O que me impressionou muito foi saber que todas aquelas 'tralhas' seriam levadas apenas por nós dois para a parede."

SEGUNDO DIA: A VIAGEM

Claudia: "Saímos do Rio de Janeiro ao amanhecer e tomamos café na BR101. Fiquei admirada e impressionada com um vale lindo repleto de montanhas e muitas pedras, como o Frade e a Freira, uma obra esculpida pela natureza!

Não sabia que ainda enfrentaríamos mais de 700 km de estrada para chegar a uma cidade pequena chamada Pancas que possui apenas três ruas principais.

A cidade impressiona a todos escaladores que ali chegar!

O menor pico desta cidade é do tamanho do Pão de Açúcar e o maior são dois Corcovados. 

Ao final da tarde, decidimos tentar ganhar algum tempo abrindo a trilha para a base. Conseguimos 1 km de trilha até encostar na majestosa agulha.

Voltamos para a pousada a noite, cansados, mas felizes."

TERCEIRO DIA: PRIMEIRO CONTATO COM A ROCHA

Claudia: "Não resolvemos nada. Como Gustavo sempre diz: 'a montanha é quem dita as regras do jogo'. Levamos cada um uma corda, alguns friends pequenos e vinte chapeletas.

Após um dia todo sendo castigados pelo sol, abrimos 120 metros de via com dez chapeletas. Fixamos uma parada dupla e sugerimos 7º grau para a parede mais vertical da via em livre.

Ao termino da escalada, fomos dar conta do tamanho da agulha que escolhemos escalar e suas dificuldades: a Face Norte, com sol o dia todo, era possivelmente uma mega via, bem maior que a Chaminé Brasília, localizada no outro lado."



Última atualização ( Seg, 22 de Agosto de 2011 14:15 )
 
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