Eu, a via Leste e as Sete borboletas, 20 anos depois.
Por Bito Meyer

Hoje uma multidão se formou ao redor do montanhismo e da escalada, principalmente ao redor da escalada, que assim como o skate e o surf, a escalada esportiva tem seu yehh!

Hoje já temos platéia para campeonatos e festivais, temos a galera do gargarejo e os que saltitam ao redor do assunto para dar palpite, os agregados ou aqueles que tentam ganhar um troquinho com a bagaça e de preferência sem ter que gastar com o assunto.

A escalada tomou um rumo atlético, quase olímpico e hoje existem todos os tipos de escaladores, desde o casual, até o que se dedica a treinos e todo o tipo de metodologia para ganhar um pouco mais de força e com isso “subir o grau”.

Alguns são verdadeiros guerreiros, jogam o jogo “de frente para a rocha”, outros são escaladores, que nem precisam saber escalar, pois são tão fortes, que se puxam para cima e fica sem graça vê-los escalar, pois nada mais que força, eles tem a oferecer a quem esta assistindo e nada acrescentam ao esporte, e coisas como: beleza, precisão, harmonia, técnica e etc, são como que desnecessárias para uma escalada de 30mts, com chapeletas a cada metro.

Apesar de eu treinar, praticar a escalada esportiva, de viver brigando com vias esportivas e subindo pedras de todo o tamanho, como uma maneirade manter-me treinado, mesmo antes da escalada esportiva ter sido inventada e de viver no meio deste assunto, dos graus, dos manos, das minas, do super cara, da super via, do super hiper, começava a imaginar a possibilidade de repetir um solo. Uma via que eu fiz 20 anos atrás, também em solo, aonde a força e o grau, pouco me ajudaram. Uma via simples e fácil, a Via Leste no Pico Maior de Friburgo (5°+ 6º, aderência, agarras e com 800mts de extensão) no Parque Estadual doa 3 Picos-Salinas.

Para fazer uma via em solo são necessários alguns requisitos que estão além da força, da competição e da vaidade. É necessário, comunhão, religiosidade ou espiritualidade e desprendimento, entre outras coisas, mas é possível também, fazer só com sangue frio, assim como os heróis, como Stalone e o Cruiser, a diferença esta na hora em que dá “merda”, ou na hora que a última queda acontece:
Quem esta caindo? Um montanhista ou um herói.

Uma das principais armas para um solo, é que você acredita ter a capacidade de resolver todos os problemas que a via impõe. De manter sua atenção ativa e também ver os perigos objetivos e subjetivos, antes que eles te abocanhem, cabendo a você, desistir da escalada ou resolver a “parada” a sua frente. O resto é respiração, atitude e movimento.

Mais que nunca, você deve estar só, ciente de suas intenções, capacidade e responsabilidades e não no meio de uma turma, deixando a todos preocupados com a situação e com a responsabilidade de ter que resgatá-lo, se der tempo, ou ficar com uma cena horrorosa para sempre em suas cabeças e ainda por cima ter que fazer a faxina. Ate então só sei de duas pessoas que a solaram, algumas vezes e inclusive outras vias nos 3 Picos e é possível que alguém mais já a tenha solado. Hoje em dia creio que os escaladores modernos sobem essa via correndo de costas, com os olhos vendados e de chinela ou a sobem de bicicleta e a descem de skate, mas realmente, não sei o histórico de suas repetições.

Minha experiência com essas montanhas fora deveras emocionante. Vinte anos atrás, tinha ido ao Rio de Janeiro com a idéia de solar a Via Leste (historia que conto na trilogia que pretendo publicar no final de 2008) e acabei solando-a na companhia de Sergio Tartari e Alexandre Portela , em menos de 2 horas. Passados alguns dias, Ale e Eu solamos a via Fata Morgana, no Capacete, apenas alguns dias depois desta a via ter sido conquistada. Na mesma temporada escalei com Ale e Sergio, encordados , a via Arco da Velha e o resto dos dias ficamos fazendo boulders. Depois disso, nunca mais havia voltado aos 3 Picos.

Vinte anos depois a hora de voltar acontecera. Retorno aos 3 picos, acompanhado de minha companheira de cordada, Karina Filgueiras, com a idéia de mandarmos a Leste o mais rápido que pudéssemos. Durante a viagem eu pensava na possibilidade de solar novamente, mas muita coisa tinha se tornado mais uma historia em minha cabeça do que realidade e as recordações que eu tinha desta experiência eram mais lembranças do que referência.

Eu estava curioso se eu teria ainda os elementos necessários para escalar essa via em solo, depois deste tempo todo, logo Eu, tantas vezes enterrado por uma galera meia boca e apressados na fama. Mandamos a via muito rápido, Karina guiou a escalada toda, voou pela parede e apesar de termos errado uma parte da via, o que nos custou um bom tempo para consertar, conseguimos completá-la em menos de 4hs.

Pronto! A idéia de solar começara a tomar proporções de realidade. Algumas semanas depois retorno a Salinas, com a idéia de fazer uma investida para reconhecer uma parte da via, que para min era como um buraco negro, nas minhas lembranças e mesmo tendo feito a via recentemente, existia um trecho apagado na minha mente e eu tinha que resolver isso
antes entrar na parede. Recentemente havia comprado um tênis(sapatilha) da mad rock com a sola ultraaderente e na primeira usada, o tênis rasgou.

Escrevo para a Mad Rock e explico o caso. Eles me respondem, pedindo desculpas pelo que aconteceu com o produto deles (se preocupam inclusive em saber se nada de mal tinha acontecido comigo e para me ressarcir), pedem para que eu escolha o tênis(sapatilha) que quiser. Faço minha escolha e algumas semanas depois chega em casa, sem despesas e sem “encheção de saco”, sem contestar o uso, um tênis(sapatilha) e sem ter que devolver o rasgado, que o conserto e vou com ele vou para os 3 Picos, pois já estava amaciado e o solado FX da Mac Rock,tem uma boa aderência.

Subo ate a primeira chaminé, escalo e desescalo o trecho que eu tinha curiosidade e fico em dúvida por onde continuar pois, quando fiz com a Karina, passamos tão rápido que eu não lembrava por onde era a Via. Faço uma tentativa e erro o caminho, me meto numa merda sem tamanho e fico alguns minutos decifrando como descer dali e não faltando elementos para compor esta situação, meu tênis descola. (o remendo que eu fizera com cola vagabunda se desfaz) tornando o uso do tênis impraticável e meu solo ficaria para outra situação. Enfim, desço com segurança, com os dedos do pé fora do tenis.

Agora mais que nunca a idéia estava formada, era hora de solar a Leste do
Pico Maior, vinte anos depois. Calma! É uma via fácil; com 800m, duas chaminés do tamanho de um prédio, que para fazer com minha nova configuração de movimentos, já que depois de meu acidente, perdi a mobilidade do joelho direito, tenho inventado uma nova safra de movimentos que docemente me ajudam a escalar. Confesso que para fazer a triangulação com as pernas dentro de chaminés é uma barra, pois além de ter que fazer uma força a mais , tenho que ser técnico, criativo, saber o que eu estou fazendo e mais que nunca ter confiança na sola e no shape de meu tênis de escalada. É fundamental; eu tenho vários tênis de escaladas e de varias marcas e de diferentes solas, mas escolho, para esta escalada, um tênis nada conhecido, fabricado no leste europeu, sem nome famoso e muito barato, pois sou muito exigente com a qualidade de meus calçados de escalada, este tênis havia me surpreendido e depositava minha total confiança nele, pois era preciso, confortável e aderente, não soltava as tiras e o chulé não sai.

Novamente, algumas semanas depois, volto a os 3 Picos, com a pior previsão do tempo possível(já é novembro), chuvas , mais chuvas , muitas trovoadas, ventos, pressões e frentes frias. Mesmo assim fui para a base avançada que é o Refúgio Republica 3 Picos do Mascarim e lá fiquei 3 dias tomando café e olhando o tempo e seu comportamento. Todos os dias foram de vento, chuvas em algum período, do dia ou da noite; só me restara apostar no
último dia que teria disponível para esta tentativa. Dia este, em que meus 15 dias de pesquisa sobre o tempo, era para ser um dia ruim, mas algo me dizia que era para eu apostar na possibilidade de ao menos não chover enquanto escalava. Chuva na descida não seria problema. Na madrugada quando despertei para a escalada e abri a porta da barraca, vi que o dia começava a nascer como um verdadeiro dia de montanha ,em preto e branco, tudo fechado, a montanha estava coberta de nuvens e os ventos fortes, as fazia dançar como ninfas, como bailarinas, rodando ao redor da imensa paredes como se lambessem e se esfregassem nas paredes como dançarinas dos filmes do Tarantino, sedentas de sangue e sexo selvagem e eu sabia a proporção pequena que o corpo de uma pessoa ocupava naquela parede e a cena era assustadora. Imaginar uma pessoa agarrada na parede com aquelas criaturas rodando ao seu redor agarradas e dependuradas nela, esperando que ela caia e espalhe carne, vísceras e melecas, parede abaixo, deixando para os amigos o serviço de faxina. Cheguei a ouvir as gargalhadas delas, chamando-me para cima, com movimentos de mão e com um sorriso libidinoso nas suas caras de vampirela. A cena era horrível senti um arrepio na espinha que gelou a alma, voltei a dormir; 2 minutos depois desperta o relógio, eram quase 5 horas e os primeiros embaixadores da luz, já começam a chegar e o dia despertava; a parede estava coberta de nuvens e um forte vento, hora mostrava a parede e hora, a escondia.

Tomo meu café, pego minhas bengalas e minha mochila e começo a caminhar, sem pressa, como se dando ao tempo, o direito de piorar. Subo até a base da Leste sem olhar para cima, deixando esse espetáculo para quando estivesse bem embaixo dela, para ver se o tamanho da parede me assustaria e então, eu pegaria minhas coisas e desceria, tomar mais café e praticar montanhismo verbal. Mas ao olhar para cima, uma parede bela e fantástica, se erguia na minha frente e as nuvens agora a adornavam, tornando-a mais sedutora e o fato de não ter mais mingúem na montanha dava um ar de intimidade, de cumplicidade e era muito sedutor.

Fico 1 hora namorando a parede e esperando que a chuva caia, escuto umas trovoadas distantes e a espera causa ansiedade e então, começo a subir.

Levo na mochila uma corda de 40 m para descer, 3 mosquetões, água, lanches e diversões. Subo com a idéia de chegar até a primeira chaminé e esperar pelo tempo, que continuava a me assustar, mas a parede estava seca. Subo com as nuvens brincando ao meu redor e o vento inflando minhas calças e gelando meus testículos, só para ver como eu reagia. Para chegar na base da primeira chaminé, encontro a parede molhada e escalo este trecho com muito cuidado e em 1h estou na base dela. Ela me impressiona, era como se fosse uma gigante escultura e eu não via a hora de tocá-la. Mas, espero mais de 1 h embaixo da chaminé, deitado num pequeno platô, esperando pela chuva, não faz frio, faço um lanche e no meio daquela ventania consigo enrolar um cigarro e fumo com parcimônia. Aposto que a chuva não vem e então levanto para voltar a escalar mas, ao levantar, me dá um “branco”, minha cabeça gira, minha visão some , depois me dá um “preto”, minha cabeça balança e minha visão continua apagada e milhares de bolinhas prateadas dançam na minha frente, lentamente volto ao “normal”. “Pô maior barato! Ai!”.Começo a subir, essa chaminé orna comigo é cheia de agarras e é possível subir rápido, faço a saída da chaminé, que e´ “muito
louca” uma saída levemente negativa com uma passarela de pés bordejando o vazio, alucinante... Chego ao platô, reboco a mochila e olho para cima procurando pela passagem que eu procurava. Eu tinha, obtido com a galera alguns betas, mas eu não lembrava aonde eu entraria para esquerda e nem como era a seqüência de agarras, eu teria que achar a passagem de primeira, para não perder tempo e para a chuva não me pegar neste trecho. Começo a subir e logo encontro a tal passagem, mais abaixo de onde antes eu havia me metido numa roubada. A parede é em pé e os movimentos são lindos e embaixo de você 600m de parede e vazio assistem seus movimentos e eu, que de tão absorto, tinha até o
direito de me divertir e brincar com o vazio.

Chego no final da parede que me separa da segunda chaminé e uma metáfora me esperava como um sorriso malicioso e percebo o quebra cabeça em que estava metido....Na altura de meu peito algumas agarras sem definição e difíceis de segurar mas boas de pisar e bem acima de minha cabeça umas agarras que pareciam boas e definidas, mas eu não conseguia alcançá-las, para isso eu teria que subir o pé direito alto até as agarras do meu peito e depois de meu acidente, isto é impossível. Então tenho que fazer o movimento com o pé esquerdo e a única maneira de fazer esse movimento, era usar uma agarra trincada e difícil de segurar; levo uns 10 min tentando outra maneira de passar o lance, sem usar a tal agarra, mas não há outra maneira , invoco o poder das sete borboletas que tenho tatuadas em minhas costas e utilizo a agarra, içando-me pelo cordão prateado que une o espírito ao corpo, levito e o vento me coloca suavemente nas agarras , que de tão bom tamanho...me senti em casa.

Bom... A cena não foi bem assim... Mas foi parecida!
Chego embaixo da segunda chaminé, observá-la de baixo é assustador, seu tamanho, sua estranheza e suas paredes lisas, com as nuvens entrando e saindo dela e minha última experiência com ela, era desanimadora; o tempo agora estava mais cinza que nunca e as trovoadas estavam mais perto, não poderia perder tempo. Abandono à mochila na base e deixo-a preparada para ser rebocada, agora era “só” mandar a chaminé, o primeiro artificial, passar o segundo artificial e pronto, o cume. Entro na chaminé e como tenho dificuldade em fazer a triangulação na parte mais larga, vou para o fundo dela, para fazê-la em off width. Apesar de ser uma técnica mais difícil ainda era mais fácil e seguro para mim,
que em técnica de chaminé media.

Os últimos metros são terríveis, o vazio embaixo de mim me chamando e a lógica me dizendo que era impossível descer; chego no final dela, vazando aqui e ali, com cara de quem tomou uma surra; me recomponho rapidamente, pois na minha frente estavam as chapeletas originais da conquista, com 33 anos e que até hoje são usadas para cruzar em artificial aquele trecho da escalada; com duas solteiras começo a me puxar naquelas chapeletas feitas de lata de óleo e com seus parafusos um pouco mais grossos que um palito de fósforo , mas como diz o “cara’: se não arrebentou com o último, não vai ser comigo e levitativamente chego ao platô; dou um tempo pra cabeça e ao corpo, me hidratando e enrolo mais um cigarro e fico uns 30min, descansando e olhando o espetáculo das nuvens. O cume estava atrás de mim, podia esperar. As nuvens dão um tempo e escuto um grito vindo do Mascarin e respondo com a mesma intensidade, pois era um grito de apoio, um “grito amigo”.

Fico ali olhando o vazio, as distâncias e lógico a dança das nuvens, mas começa a chuviscar e saio do transe rapidinho, se a chuva molhar o trecho, que ainda resta, terei muito trabalho para chegar ao cume e saio com muita pressa para cruzar o pequeno trecho de artificial que é composto de 4 ou 5 chapeletas tão velhas como as outras. O lance não é difícil, talvez um 5+, mas naquela altura do campeonato eu me dependurei nelas e sai dali rápido em direção ao cume. Levo a corda comigo para deixá-la marcando o caminho de volta, vou colocar meu nome no livro de cume e ver quem eram os últimos a assinar e que por sinal, eram duas feras de Friburgo que estavam também no Mascarim. Não tinha caneta para assinar o livro, então assino com um pedaço de carvão: Bito Meyer, Leste em solo, dia 19/11/07.

Depois de passar a euforia de que “só o cume interessa”, lembro que o cume é a metade da escalada, agora teria que descer e os urubus que estão no cume olham com indiferença o meu pouco cadáver e eu os olho com inveja, pois teria que descer uns 800m com uma corda de 40m.

Desescalo ate o platô abaixo do último artificial, escuto mais gritos. Monto minha descida naquele grampo de 33 anos de idade e vou até o começo da chaminé, deixo um mosquetão no primeiro grampo Stubai para não fazer um pendulo gigantesco e começo minha descida. Desço em “Z”, um sistema que uso para descer sozinho de grandes paredes e que apesar de em uma etapa de sua montagem ser bastante perigoso, é muito rápido e posso descer constantemente sem ter que parar para montar o rapel tradicional, a cada final de corda.

Durante a descida volto a escutar vozes e percebo que tem alguém na Sol Celeste e consigo vê-los descendo em meio as nuvens. Chego ao final da parede e toco novamente o chão, recolho meu equipo e minha insignificância com muito respeito e gratidão, com o coração imenso pela oportunidade de me relacionar com a montanha da minha maneira e de ela ter
sido tão benevolente comigo. Termino meu ritual particular e já não sou mais a mesma pessoa.

Foram 3hs de escalada, 3hs de espera e 1h e meia de descida, descida rápida para uma corda de 40m. Descobri também que num dia tranqüilo da para mandá-la mais rápido. Começo a descer imaginando uma caneca cheia de café quente e tirada na hora. Durante a caminhada de descida a rapaziada me alcança, nos cumprimentamos e paramos para comemorar, a nossa maneira, as escaladas que tínhamos feito e admirar o local onde nos encontrávamos. Ainda tinha uma caminhada até o Mascarin a ser feita. A galera sai na frente com a missão de colocar a água para esquentar, enquanto isso, eu vou descendo com
minhas bengalas, satisfeito da vida. Chego ao Mascarin e sou recebido com o calor da galera, a água já estava borbulhando, agora era só fazer café e desfrutá-lo, olhar aquela bela parede, reverenciar minhas bengalas e aquela oportunidade única. Um homem de 50 anos, que nos últimos 40 anos, não faz outra coisa a não ser caminhar os caminhos traçados por um coração, simples, tranqüilo e valente.... Bem... tem horas que eu “amarelo” legal! Ai!
Dedicado com carinho, a Arte, ao Sopro e as minhas sete Borboletas.

Meus apoios:
Casa de Pedra www.casadepedra.com.br
Brasilvertical www.brasilvertical.com.br
Resolas Mepa www.meparessolas.com.br
Biomecânica funcional www.biomecanicafuncional.com.br

Atenção: O site Brasil Vertical adverte que as atividades de Montanhismo e Escalada são inerentemente perigosas, oferecem risco e que devem ser praticadas somente por indivíduos com conhecimento técnico e equipamento adequado e que assumam pessoalmente todas as responsabilidades.
As informações aqui oferecidas não substituem a formação por meio de cursos técnicos ou contratação de guias. Verifique sempre todo o seu equipamento, antes e depois da atividade.
Tenha boas informações sobre o local aonde pretende ir. Escalando, use sempre capacete!